Do que falamos quando mencionamos a palavra “trabalho”? Falamos da escravidão e da tortura e assassínio que lhe seguem. A palavra trabalho tem origem no termo latino “tripalium” – um instrumento romano de tortura constituído por três estacas cravadas no chão, dispostas em forma de pirâmide, na qual se castigavam os escravos.
Não surpreende. Quem já tiver trabalhado, no verdadeiro sentido do termo, sabe que a jornada laboral é uma tortura. Seja através das dores nos músculos ou do aborrecimento cruel que semeia a apatia.
O trabalho é escravidão assalariada, onde produzimos em troca das migalhas que o patrão nos oferece, caridosamente. As migalhas que asseguram o pão e que nos permitem, entre muitas dificuldades, dar origem a uma nova geração de escravos.
Cada minuto da nossa jornada laboral é desvalorizado, para que o trabalhador produza durante o maior tempo possível pelo menor custo possível. Um dia de trabalho rouba-nos da vontade própria, ritualizando as nossas vidas. Rouba-nos do lazer, da educação, de todas as actividades que são naturais ao ser humano. Rouba-nos do tempo que necessitamos para atender às necessidades da família e dos amigos, e impede-nos de participar activamente no processo político – cria-se assim um sistema de “Representantes”, de políticos profissionais que decidem por nós enquanto nos dedicamos à nossa actividade escrava.
Não é difícil concluir que o trabalho, enquanto instrumento domínio de uma classe sobre a outra, é a origem das epidemias que corroem a sociedade.
Nem toda a morte é biológica. A ausência de expressão das características essencialmente humanas é não chegar sequer a viver.
Toda a negação da natureza humana é equivalente ao assassínio.
O trabalho nega a natureza humana, impedindo que cada homem prossiga o caminho que conduz ao seu desenvolvimento integral.
Logo, o trabalho é equivalente ao assassínio.
P.S.: Quando chegar a revolução emancipatória, esperemos que a actividade produtiva receba um nome mais digno.